Laboratórios do IMV auxiliam na identificação dos casos de mortalidade em primatas do Bosque Rodrigues Alves

O Laboratório de Patologia Animal do Instituto de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Pará foi solicitado para trabalhar em conjunto com a Polícia Científica do Pará, Instituto de Criminalística “Iran Bezerra”, nos casos de mortalidade envolvendo os primatas do Bosque Rodrigues Alves, Belém-PA. De acordo com relato feito pelos peritos, Gabrielle Virgínia Ferreira Cardoso e Celso Felipe Bandeira de Sá, 19 (dezenove) macacos e 1 (um) porco espinho foram encontrados mortos, sendo que a Polícia Científica do Pará realizou a necropsia de 7 (sete) animais, em conjunto com a UFPA. Foi descartada, após exames, a possibilidade de envenenamento ou ingestão de substâncias tóxicas. Os professores Valíria Duarte, Pedro Bezerra, Gabriela Riet, Alessandra Scofield e Carla Moraes, vinculados aos Laboratórios de Patologia Animal, Parasitologia Animal e Zoonoses do IMV/UFPA realizaram as análises, ao que as lesões histológicas observadas no fígado, baço e musculatura, associadas a grande número de estruturas compatíveis com taquizoítas e cistos com bradizoítas, assim como a detecção de DNA de toxoplasma, indicaram ser a Toxoplasmose a causa da morte dos primatas.
A toxoplasmose em primatas leva a um quadro agudo de doença, com mortalidade elevada, como apresentado nos animais do Bosque Rodrigues Alves.
O trabalho realizado em conjunto entre a Polícia Científica do Pará e a UFPA levou a um diagnóstico importante para a saúde pública, assim como para a sociedade que usufrui desse espaço de lazer tão importante em Belém. Novos estudos serão realizados pela UFPA junto ao Bosque, auxiliando na vigilância e divulgação de ações voltadas para o bem-estar dos animais e da população.
Texto: Profa. Valíria Duarte
Revisão: Anselmo Gomes
Diagramação: Karol Wojtyla
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